COIMBRA,2 de Julho de 2024

Feira do Livro de Coimbra atraiu mais de 10 mil pessoas e já tem nova data

26 de Junho 2024 Rádio Regional do Centro: Feira do Livro de Coimbra atraiu mais de 10 mil pessoas e já tem nova data

De 14 a 23 de Junho, a Feira do Livro de Coimbra realizou-se pelo terceiro ano consecutivo na Praça do Comércio, renovando-se e reposicionando-se através de uma maior implementação no espaço, disseminando-se para outras artérias do coração da cidade, como o Largo do Poço e o Largo do Romal, dando continuidade à estratégia de valorização do território, do património e da revivificação da Baixa.

Durante dez dias, deslocaram-se ao evento mais de 10 mil pessoas, assinalando-se a elevada adesão e uma maior heterogeneidade de públicos, motivados pelo estímulo à leitura e pela programação artística. Em relação ao ano anterior, mantém-se a tendência do aumento de afluência por parte do público e do público jovem, em particular, mobilizado pela relevância da literatura e da oferta cultural, apesar das condições climatéricas adversas.

No próximo ano, este evento cultural pretende continuar a percorrer o trilho assente numa lógica de construção colectiva com o tecido cultural de Coimbra, regressando à Baixa de 20 a 29 de Junho de 2025.

Numa área preenchida por 48 stands (mais oito do que o ano anterior) e 58 participantes (com diversos expositores a ocupar vários módulos), a Feira do Livro de Coimbra acolheu os principais grupos editoriais nacionais, livreiros e alfarrabistas de Coimbra, prosseguindo ainda a aposta em editoras independentes e de menor escala. A maioria dos expositores mencionaram um aumento da venda de livros, sobretudo ao fim-de-semana, justificando-se um relativo decréscimo relacionado com as condições meteorológicas que se registaram durante a semana e que condicionaram a visita ao evento.

Com o objectivo de fazer crescer a Feira do Livro de Coimbra a outros espaços da Baixa, em complemento à Praça do Comércio (que limitava uma maior participação do número de expositores), a iniciativa ampliou-se para dois outros núcleos: o Largo do Romal, que recebeu a Praça das Famílias e o Largo do Poço, que se transformou na Praça da Arte e da Criação. Neste formato diferenciador, a Praça do Comércio acolheu dois novos dispositivos espaciais: as comemorações dos 500 anos de Luís de Camões e o 50º aniversário da Revolução dos Cravos foram assinalados no Auditório com o nome do autor de “Os Lusíadas”, espaço para a criação de pensamento, de debate e de partilha de conhecimento em torno das temáticas camoniana e da democracia, onde decorreram a apresentação de obras literárias, revistas independentes e projectos editoriais, conversas com autores, um encontro nacional com os escritores Lídia Jorge, Mário Cláudio, António Carlos Cortez e Tom Farias. Houve ainda lugar para a gravação, inédita e ao vivo, do podcast “Assim ou Assado”, de Sam the Kid e de Marco Neves, assim como apresentações de novas edições literárias.

Pelo Palco Liberdade – junto à Igreja de Santiago – alusivo também aos 50 anos do 25 de Abril em conjugação com o mote camoniano, passaram reconhecidos projectos e vozes do panorama artístico nacional, numa estreita ligação da música com a linha curatorial do programa. Manel Cruz, Pedro Abrunhosa, Valter Lobo, JP Simões e Capicua esgotaram a plateia em concertos nos quais a inspiração poética convidou à participação massiva da população.

Ainda no segmento musical, a oferta programática proporcionada pelo projecto Verão a 2 Tempos * Epicentro deu visibilidade à criação artística e ao talento dos artistas emergentes, por intermédio de múltiplas manifestações artísticas, de que foi exemplo, entre outros, a performance exclusiva de Bruno Pernadas e de Margarida Campelo com alunos de Jazz do Curso Profissional de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, que lotaram o Palco Liberdade.

Direccionado para as famílias e público infantil, a Praça das Famílias contribuiu também para a vasta programação da Feira do Livro, destacando-se as iniciativas de cariz pedagógico transversais ao trabalho desenvolvido por agentes culturais da cidade e contadores de histórias, através da dinamização de sessões de contos em que se destacou o envolvimento dos grupos escolares e a dimensão inclusiva (com uma sessão em língua gestual portuguesa), assim como oficinas de poesia e artísticas, workshops, ateliês e concertos.

Já no Largo do Poço, na Praça da Arte e da Criação, o forte envolvimento comunitário e artístico com o ecossistema cultural local revelou-se uma aposta ganha, tendo-se construído um local de tertúlia e de encontro dos vários agentes culturais da cidade, perspectivando-se a continuidade do projecto, introduzindo-se as melhorias necessárias.

A programação convergente da Feira do Livro marcou uma rubrica inédita da Rota das Tabernas, com “Rota de Contos nas Tabernas”, protagonizada por Jorge Serafim, em que o público ouviu e degustou “Contos, histórias e outros textos da vida normal”. As propostas da programação convergente integraram ainda um momento simbólico com a plantação de uma azinheira no Parque Manuel Braga, o I Encontro Nacional de Declamadores: “Pelas ruas da baixa até à Casa da Cidadania da Língua”, uma performance poética pelas ruas da Baixa, o Encontro Internacional de Escritores, no Salão Nobre, e o concerto “Fado Camoniano”, de Patrícia Costa.

A 45.ª edição da Feira do Livro de Coimbra ganhou contornos únicos, apenas alcançáveis através das parcerias estabelecidas com as variadíssimas instituições e agentes culturais e artísticos locais e nacionais. O evento contou como parceiros da programação com: A Escola da Noite, Associação Há Baixa, Associação Portugal Brasil 200 anos, Associação Recortar Palavras, Escola do Brinquedo Tradicional Popular da Associação Desportiva e Recreativa do Loureiro, Associação Artística e Cultural Grande Coisa!, Biblioteca Municipal de Coimbra, Blue House, Casa da Esquina, Cena Lusófona, Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Cooperativa Bonifrates, DOPPO, Encontros de Fotografia, Imprensa da Universidade de Coimbra, Lucky Lux, Marionet, Associação Cultural Mus.Mus.Cbr. e com O Teatrão.

Fonte: Campeão das Províncias

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