COIMBRA,30 de Janeiro de 2025

Há flores em exposição no Centro Cultural Penedo da Saudade

28 de Janeiro 2025 Rádio Regional do Centro: Há flores em exposição no Centro Cultural Penedo da Saudade

Há flores no inverno. Há flores em exposição no Centro Cultural Penedo da Saudade, a partir do dia 28 de Janeiro, por volta das 18 horas. A iniciativa é uma manifestação de apreço pelo valor da natureza nos processos da vida contemporânea. As fotografias oferecem ao público a possibilidade de repensar a capacidade de adaptação de algumas espécies botânicas frente às adversidades encontradas ao longo das suas existências.

Terceira exposição individual de Rita de Almeida, em Coimbra, se estabelece por vezes em harmonia com o lugar, ora em total desalinho como a dinâmica do mundo na atualidade. A narrativa se distribui por 4 salas que transitam entre a organicidade da natureza e o desconcerto da humanidade. Alex Lima diz “tratar-se de dois reais quase sempre invisíveis, mas em fusão no olhar da fotógrafa, por contextos diferentes”. Inicialmente, o percurso tenta trazer o foco para uma realidade vivida pela sociedade pós-moderna. Depois, sem contraponto, a paisagem cinzenta visita as fotografias capturadas nesta mesma estação, mas em outro tempo. Por fim, o tom da obra toma emprestado a aproximação da verdade e as possibilidades de intervenção, como caminho possível de continuidade saudável. Será uma convocação para que todos prestem atenção ao que está no clique do nosso olhar quotidiano?

Hoje, o planeta já não pode esperar tanto tempo. Ou, a pensar melhor ele, de facto, pode. Talvez nós, humanos, é que não podemos. Talvez, para isso, precisemos ter aguçada a capacidade de adaptação. Tal como as flores e o clima, as flores e o solo, as flores e a água, seja hora de fazermos um esforço conjugado para o estabelecimento de relações de afectos entre as pessoas e o seu lugar. Todos os anos, a sociedade vive a cada dia mais e mais processos de degradação ambiental, de desajustamento social e de desequilíbrio sistémico. São deslocamentos, conflitos, mortes, perdas e muita violência por diversos motivos. Embora a dor se multiplique, ainda há esperança, ainda há algo a acreditar, ainda há flores! Ao fotografá-las, Rita de Almeida vê, acima de tudo, “filigranas” numa forma de reter e transmitir emoções de beleza”. E continua… para saber mais sobre esta história é preciso vivenciá-la e, por tanto, a possibilidade é ir para ver o que se mostra para além das flores, aquelas do nosso Inverno.

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